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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Maria Severa Onofriana

Nascida em Lisboa, a 26 de Julho de 1820, e tendo falecido a 30 de Novembro de 1846, Maria Severa Onofriana foi uma cantora portuguesa, considerada a fundadora do Fado.
Sobre a vida de Severa pouco se sabe, havendo apenas relatos de que era valente e generosa, amiga dos seus amigos, inimiga dos seus inimigos. Foi ainda considerada invulgar, mas a sua voz era plangente e sonora, tornando-a ícone de primeira fadista, tocando e dançando, no bairro da Mouraria, em Lisboa.
Severa estava inserida no mundo da prostituição, sendo que se crê que os locais onde actuava estavam ligados à mesma, na zona do Bairro Alto e na Mouraria.
Graças à sua relação com o Conde de Vimioso, tornou-se mais popular, permitindo um maior prestígio e número de oportunidades para se exibir para um público pertencente à elite social e intelectual portuguesa.
Existe apenas um retrato de Severa que se julga ser o mais aproximado à realidade, uma cópia de um desenho feito a tinta da China, encontrado no espólio artístico do pintor Francisco Metrass, que no verso se lê “A Severa”.
Acabou por morrer de tuberculose em 1820, mas a sua história deu origem à novela “A Severa” de Julio Dantas que se transformou numa peça de teatro, em 1901, e ainda o primeiro filme sonoro português realizado por Leitão de Barros, em 1931.
Na Mouraria, na Rua do Capelão, está o Largo da Severa, onde a casa da fadista está assinalada com a indicação de “Casa da Severa” e no chão, empedrado de calçada à portuguesa, pode ver-se o desenho de uma guitarra.

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