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sábado, 26 de fevereiro de 2011

À espera da segunda vitória

2011 é o ano em que a UNESCO se pronunciará sobre a Candidatura à lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade. Estamos convictos de que a nossa Candidatura tem todas as possibilidades de sucesso nesta avaliação, e o seu principal capital é precisamente o grande consenso que em torno dela se gerou.
Aprovada por unanimidade por todas as forças políticas que na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal de Lisboa quer na Assembleia da República, contando com o empenho expresso do Governo e o alto patrocínio do Presidente da República, a Candidatura ultrapassou todas as barreiras partidárias em nome de uma causa colectiva de salvaguarda e promoção da Cultura portuguesa. Juntou num esforço coordenado todas as instituições que possuem espólios arquivísticos e museológicas que permitem preservar a História do Fado ao longo dos últimos dois séculos. Agregou colectividades culturais e recreativas dos bairros de maior tradição fadista, associações profissionais representativas dos músicos, dos autores e dos editores ligados ao género e participações individuais de largas dezenas de figuras centrais do universo do Fado. Mobilizou, dentro e fora das Universidades investigadores que inventariaram gravações históricas, prepararam reedições de estudos há muito esgotados, organizaram antologias de músicas, poemas e iconografia do Fado. Desafiou músicos e editores para novos projectos artísticos que asseguraram ao mesmo tempo a preservação da memória do Fado do passado e continuidade futura da energia criativa e renovadora que sempre o caracterizou.
Mas sobretudo a Candidatura ajudou-nos a redescobrir, a conhecer, a compreender melhor e a consolidar, todos juntos, o papel fundamental que o Fado tem n nosso olhar sobre nós próprios, na nossa consciência da identidade portuguesa, na nossa capacidade simultânea de sermos quem somos mas de estarmos permanentemente abertos ao chegar, como esperamos, será apenas a segunda vitória, porque a primeira já conquistámos nós mesmos.
Rui Vieira Nery - Presidente da Comissão Científica da Candidatura

Os trunfos da candidatura do Fado a Património da Humanidade


"Há um fascínio pelo mundo fora por esta expressão musical”, disse Isabel Canavilhas, ministra da Cultura, na apresentação oficial da candidatura

No passado dia 28 de Janeiro de 2011 foi entregue a candidatura à UNESCO e a decisão deverá ser revelada em Novembro deste mesmo ano. “São vários os trunfos do Fado para vencer a candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade”, diz  ministra da Cultura.
“O Fado é uma das nossas expressões mais identitárias e quase iconográficas, diria. Há outro factor importantíssimo, também, que é a forma como o Fado se foi dispersando pelo mundo. Nós encontramos japoneses a cantar fado, chilenos a cantar fado. Há, de facto, um fascínio pelo mundo fora por esta expressão musical”, argumenta Isabel Canavilhas.
A confiança é partilhada pelo presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, na apresentação oficial da candidatura do Fado.
“Tenho muita confiança no trabalho científico que foi feito, foi um trabalho de grande importância. Independentemente do que venha a ser a decisão da UNESCO, hoje já temos um acervo, um museu, um conhecimento do Fado muito mais  aprofundado do que tínhamos,  portanto, é uma candidatura que já valeu a pena”, sublinha António Costa.
Todos estamos confiantes com esta candidatura, mas mesmo que não consiga vencer nunca morrerá. O Fado nunca morre. O Fado, Futebol e Fátima sempre existirão em Portugal. Ainda que não surgissem mais fadistas novos, haveria sempre alguém que mantivesse a tradição do Fado, porque ela faz parte da cultura portuguesa.
Como refere Rui Vieira Nery "Será apenas a segunda vitória, porque a primeira já conquistámos nós mesmos", pois o fado já é o rosto da alma portuguesa.

"Amália, o Filme" candidato a melhor banda sonora


A banda sonora de “Amália, o Filme” está na corrida aos prémios da Associação Internacional de Música para Cinema.

A música que acompanha a história da diva do Fado foi nomeada na categoria Drama, ao lado de filmes como "Cisne Negro" e "Discurso do Rei", dois dos principais candidatos aos Óscares.
O compositor Nuno Maló, responsável pela banda sonora de "Amália, o Filme", está nomeado para a categoria de Compositor Revelação do Ano.
“Amália, o Filme” foi produzido por Manuel S. Fonseca, com realização de Carlos Coelho da Silva e argumento de Pedro Marta Santos e João Tordo.
A Associação Internacional de Música para Cinema anuncia os vencedores no próximo dia 25 de Fevereiro.
In:http://www.rr.pt/pesquisa.aspx?q=fado&pagina=1

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Deolinda (Especial)


Tal como já foi referido anteriormente, o fado já é cantado há quase dois séculos, tendo começado na cidade de Lisboa. No Século XXI surgiram grandes revelações na música, cuja inspiração proveio do fado tal como das origens deste. Assim em 2006, surgiu um grupo de música popular portuguesa chamado “Deolinda”, que desde então, tem obtido um grande sucesso em Portugal.
 
Este projecto musical iniciou-se quando a vocalista dos Lupanar, Ana Bacalhau, se juntou aos seus primos, Pedro da Silva Martins e Luís José Martins, para mostrar que a sua voz combinava com as rimas e melodias das músicas por eles criadas. Mais tarde, o contrabaixista da mesma banda de que Ana Bacalhau fazia parte, José Pedro Leitão, juntou-se ao grupo, formando os Deolinda.

Em 2007, a FNAC lançou a compilação “Novos Talentos”, em que incluiu o tema “Contado Ninguém Acredita” dos Deolinda.

A 28 de Abril de 2008 sai o disco de estreia do grupo, “Canção ao Lado”, conquistando seis meses depois o 3ºlugar dos 30 álbuns mais vendidos em Portugal e tornando-se disco de dupla platina, um ano mais tarde. Ainda em 2009, a editora World Connection lançou o disco de estreia dos Deolinda no mercado europeu, tendo conquistado na tabela de vendas discográficas “World Music Charts Europe” o 8ºlugar em Abril, e o 4ºlugar em Maio.

A digressão do grupo, não se ficou apenas por concertos nas cidades portuguesas, expandindo-se à Suíça, à Alemanha e Holanda.
Segundo uma votação feita pela Antena 3, o disco de estreia dos Deolinda ficou colocado no 10ºlugar na lista dos melhores álbuns de música portuguesa editado entre 1994 e 2009.

O segundo álbum do grupo estreou a 23 de Abril de 2010 e foi intitulado de “Dois Selos e um Carimbo”, conquistando o topo da tabela de vendas portuguesas e tornando-se disco de platina, após a estreia do single “Um Contra o Outro” retirado do mesmo disco.
Em 2011, o grupo estreou nos seus concertos, a música “Parva Que Sou”, que apesar de ainda não ter sido editada em nenhum suporte comercializado, já é considerada um hino de uma geração, geração essa que está descontente pelos seus sonhos não concretizados devido á crise que em Portugal se tem alastrado (a nível social e a nível económico).

Assim, achamos que os Deolinda merecem destaque no nosso blog. Em baixo, pode visualizar um vídeo retirado do Youtube, com a música “Parva Que Sou” que foi recentemente ouvida pela primeira vez no Coliseu do Porto e no Coliseu de Lisboa, e que foi bastante aplaudida pelo público.




quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dulce Pontes

Nascida no Montijo, a 8 de Abril de 1969, é uma artista musical portuguesa, que se destaca no Fado, visto que contribuiu para o renascimento deste na década de 90.

Aprendeu a tocar piano e estudou Música no Conservatório de Lisboa, ainda em criança, e também estudou Dança Contemporânea entre 1976 e 1986.
Depois de ter participado em algumas peças de teatro, onde se estreou como actriz, cantora e bailarina, participou no programa “Regresso ao Passado” e venceu o Festival da Canção da RTP, tendo representado Portugal no Festival Eurovisão da Canção, em 1991, com a música “Lusitana Paixão”, conquistando o 8ºlugar.

Em 1992, lançou o seu primeiro álbum, “Lusitana” que continha temas pop, principalmente. No seu segundo álbum, “Lágrimas”, Dulce mostrou a sua vocação para o fado, contendo temas ligados ao fado tradicional e temas que se ligavam ao fado, mas com instrumentos modernos. Foi considerada a sucessora e herdeira de Amália Rodrigues, devido a temas incluídos neste segundo álbum, tais como “Lágrima”, e o seu tema “Canção do Mar” foi utilizado numa novela brasileira e na banda sonora de um filme americano, tornando-se conhecida no estrangeiro. Depois de actuar no Coliseu do Porto, lançou um álbum ao vivo com os temas do concerto, em 1995. Um ano mais tarde, lançou o álbum “Caminhos”, que foi considerado ainda melhor que o álbum “Lágrimas”. Em 1999, lançou o álbum “O Primeiro Canto”, que continha temas ligados ao Jazz, e temas em Galego e Mirandês, tendo sido considerado o trabalho mais ambicioso e difícil de Dulce Pontes.

Depois de lançar o álbum “Best Of”, em 2002, lançou um ano mais tarde, o álbum “Focus”, onde colaborou com o Maestro Ennio Morricone, com temas em português, inglês, espanhol e italiano.

Em 2006, lançou o álbum acústico “O Coração Tem Três Portas”, constituído por 2 CD’s e um DVD, que para além dos temas gravados nos cinco continentes, contém o concerto da artista em Istambul.

Depois de ter protagonizado a abertura oficial da eleição das 7 Maravilhas do Mundo com Jose Carreras, em 2007, lançou o albúm “Momentos”, após dois anos.

A voz de Dulce Pontes é considerada potente, versátil e dramática, tendo já colaborado com artistas como Paulo de Carvalho, Adelaide Ferreira, Daniela Mercury e George Delaras.

A Guitarra Portuguesa

A guitarra portuguesa é um instrumento muito difundido em Portugal sendo o que mais se aproxima do sentimento Lusitano do povo português. Esta tem um timbre de tal modo inconfundível que, onde quer que esteja, qualquer português a reconhece aos primeiros acordes. É um instrumento musical carregado de simbolismo e, à mercê da sua longa aliança com o Fado, é conotado com o "modo de ser" português. Destino, fado e saudade são palavras que naturalmente se associam ao trinado da guitarra portuguesa.
De origem bastante remota, antigamente foi designada por guitarra mourisca, por ter certa semelhança com o alaúde, que os árabes introduziram na Península Ibérica sendo, no entanto, as características dos dois instrumentos algo distintas.
As origens da guitarra portuguesa remontam à Idade Média, a um instrumento chamado cítula. Esta evoluiu ao longo dos tempos, passando pela cítara, culminando na guitarra portuguesa.
Começando por ser instrumento habitual nos salões da alta burguesia, sobreviveu e transformou-se nas mãos do povo, para se tornar, actualmente, num instrumento popular.
A guitarra de Fado, como é hoje designada, foi durante muito tempo conhecida por guitarra inglesa. A razão desta designação era devida ao seu fabrico, em Inglaterra, por um violeiro famoso chamado Simpson, o qual fabricava os melhores instrumentos deste género, alguns dos quais eram exportados para Portugal.
Para a construção de qualquer guitarra portuguesa, usam-se madeiras importadas desde a Idade Média, já que os fundos e ilhargas da guitarra têm de ser fabricados em pau-santo, ácer ou mogno. O tampo é executado em spruce, ou pinho da Flandres. Mas, a grande diferença entre uma boa guitarra e uma má, feitas exactamente com a mesma madeira está na mão do construtor.
A guitarra portuguesa é, em linguagem técnica, um cordofone composto, cuja caixa harmónica é periforme, ou seja, tem forma de pêra. É constituído por seis pares de cordas e já teve diversas afinações, mas a que realmente se enraizou foi a a Afinação de Fado: a começar pelas cordas mais agudas, Si - Lá - Mi - Si - Lá - Ré.
Existem três tipos de guitarra portuguesa: a de Lisboa, a do Porto e a de Coimbra, com diferentes tradições de fabrico. A de Lisboa é a mais pequena das três, com caixa baixa arredondada e é a que possui o som mais "brilhante". A de Coimbra é maior, com o corpo assumindo uma forma mais aguçada. A do Porto é semelhante à de Lisboa. Uma das principais diferenças reside na cabeça da guitarra: a de Coimbra possui uma lágrima incrustada, enquanto a de Lisboa apresenta um caracol.          
   

Agenda Cultural

Data
  Artista / Evento
 Local
Cidade
16.02.2011
21.45

Camané
Rivoli Teatro Municipal
Porto
18.02.2011
20.30

Noite de Fados com Nuno de Aguiar
Sr. Fado Restaurante
Alcochete
18.02.2011
21.45



José Mário Branco
Rivoli Teatro Municipal
Porto
19.02.2011
19.30

Grandiosa noite de fados no Hotel Convento D'Alter
Alter do Chão
Alter do Chão
19.02.2011
20.00

15ª Noite de Fados
Torres Vedras
Torres Vedras
19.02.2011
21.00

Correr o Fado
Teatro Municipal de Bragança
Bragança
19.02.2011
21.00

Ricardo Ribeiro - Porta do Coração
Casino de Espinho
Espinho
19.02.2011
21.30

Aldina Duarte
Theatro Circo
Braga
19.02.2011
22.00

Mafalda Arnauth
São Mamede C.A.E.
Guimarães
19.02.2011
23.00

Katia Guerreiro
Casino Figueira
Figueira da Foz
25.02.2011
22.00

Marco Rodrigues
Teatro Municipal de Portimão
Portimão
26.02.2011
20.00

1ª Grande noite de Fados
Cadaval
Cadaval
26.02.2011
21.30

Camané - Do amor e dos dias
Casa das Artes
Vila Nova Famalicão
26.02.2011
21.30

António Zambujo
Casa das Artes
Tróia

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